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Representação em Portugal
migração
Migração

solidariedade e partilha de responsabilidades

Um dos objetivos fundamentais da União Europeia é estabelecer uma política europeia em matéria de migração baseada na solidariedade. De acordo com o Tratado de Lisboa, as políticas em matéria de imigração devem reger-se pelo princípio da solidariedade e da partilha equitativa de responsabilidades entre os Estados-Membros, inclusivamente no plano financeiro. A politica de migração visa estabelecer uma abordagem equilibrada no tratamento tanto da imigração regular como da imigração irregular.

A UE criou uma nova abordagem para gerir mais eficazmente a questão da migração em todos os seus aspetos. O objetivo é lutar contra a migração irregular e a introdução clandestina de migrantes, salvar vidas e proteger as fronteiras externas da UE e, ao mesmo tempo, atrair talentos e competências.

Novo Pacto em matéria de Migração e Asilo

Progresso

A crise migratória nas fronteiras da UE no período 2015-2016 salientou a necessidade de reformar as regras da UE em matéria de asilo. O sistema tem de ser radicalmente melhorado, embora nos últimos anos se tenham registado progressos significativos que se podem complementar.

Desde 1999 que a União Europeia tem vindo a desenvolver um Sistema Europeu Comum de Asilo (SECA) e, em maio de 2015, a Comissão Europeia apresentou uma Agenda Europeia da Migração abrangente em resposta à crise migratória.

O enquadramento da Agenda permitiu tomar medidas imediatas para fazer face à tragédia humana em todo o Mediterrâneo, nomeadamente regimes de emergência para transferir 160 000 refugiados da Grécia, Itália e Hungria para outros Estados-Membros.

Foi igualmente introduzido um Plano de Ação da UE contra o tráfico de migrantes, que protege as pessoas em fuga contra a exploração da sua situação por criminosos e foi acordado um plano de ação conjunto com a Turquia para ajudar a reduzir a migração irregular e prestar assistência às pessoas que necessitam de proteção internacional.

A Comissão Europeia transformou também a Frontex numa nova e mais forte Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira e, em 2020, apresentou novas propostas para reformar o Sistema Europeu Comum de Asilo. 

A UE é já o principal doador mundial de ajuda humanitária e desenvolve parcerias com os países terceiros de onde provém a maioria dos migrantes.

Sistema Europeu Comum de Asilo

Plano de ação da UE contra o tráfico de migrantes

Frontex

Integração

A situação de Portugal

Em Portugal, tal como nos outros países do Sul da Europa, a história da imigração é relativamente recente, e prende-se com o processo de descolonização, com uma primeira vaga oriunda das ex-colónias, nas décadas de 1970 e 1980, uma segunda vaga ligada à entrada de Portugal na União Europeia e uma terceira vaga oriunda dos países da Europa de Leste num fenómeno transversal a toda a Europa. Embora a crise económica de 2008-2011 tenha reduzido os fluxos migratórios, essa tendência foi invertida a partir de 2016.  

De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, em janeiro de 2017, os nacionais de países terceiros representavam 3 % da população:

gráfico migração

Fonte.

Em virtude da história de emigração e do passado colonial de Portugal, a maioria dos cidadãos portugueses manifesta uma atitude tolerante em relação aos migrantes e refugiados. 74 % é a favor de uma política europeia comum de migração. Desde o início da crise dos refugiados, Portugal participou no mecanismo de reinstalação e, ao abrigo de vários programas, acolheu já cerca de três mil refugiados. Desde 2014, os pedidos de asilo têm duplicado a cada ano que passa.

Financiamento

Parte do financiamento da UE é dedicada às agências de assuntos internos da UE, que desempenham um papel fundamental na implementação da cooperação operacional entre os Estados-Membros da UE. Os instrumentos de financiamento especializados para apoiar as políticas nacionais de integração incluem: o Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração (FAMI), o Fundo Social Europeu (FSE).

Portugal beneficiou de 75,8 milhões de euros durante o período de 2014-2020 do FAMI, para ajudar no processo de gestão da migração e de 7,3 mil milhões de euros do FSE para o mesmo período, dos quais 1,8 mil milhões de euros se destinaram ao Programa Operacional para a inclusão social e o combate à pobreza e à discriminação.

O FAMI é coordenado conjuntamente pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, pelo Alto Comissariado para as Migrações e pelo Serviço de Imigração e Fronteiras.