O que sabe sobre as mulheres que ajudaram a moldar o projeto Europeu?
Simone Veil, advogada e política francesa, foi uma das sobreviventes de Auschwitz. Uma defensora dos direitos das mulheres, lutou pela legalização do aborto em França, em 1975, enquanto Ministra da Saúde. Em 1979, foi eleita Presidente do Parlamento Europeu até 1982 e continuou a ser membro até 1993.
Simone Veil faleceu em 2017 e está sepultada no Panteão, em Paris, tendo sido a 5.ª mulher na História a quem foi acordada esta honra.
Marie Sklodowska-Curie foi uma física, química e investigadora nascida polaca. Descobriu o polónio e o rádio, juntamente com o seu marido. A sua investigação sobre a radioatividade foi fundamental para o desenvolvimento das radiografias no âmbito da cirurgia.
Marie Skłodowska-Curie foi a primeira mulher a ganhar um Prémio Nobel, a primeira pessoa a ganhá-lo duas vezes e o único laureado com o Prémio Nobel em duas ciências diferentes. Foi também a primeira mulher a ensinar na Sorbonne e, durante a Primeira Guerra Mundial, conduzia ambulâncias com equipamento de raio X para as linhas da frente. Marie Skłodowska-Curie morreu em 1934, com leucemia causada pela exposição a radiações elevadas durante as suas investigações.
Desde 1996, temos a honra de conceder bolsas com seu nome, tendo já beneficiado mais de 100 000 investigadores.
Uma mulher de convicções que acreditava numa Europa para os cidadãos.
Nicole Fontaine foi a segunda mulher a presidir ao Parlamento Europeu, de 1999 a 2002 - mais de 20 anos, depois de Simone Veil. A educação sempre foi para ela uma questão importante e acredita firmemente na aproximação da Europa aos seus cidadãos.
Enquanto membro do Parlamento Europeu, trabalhou em projetos relacionados com a juventude, o reconhecimento mútuo das qualificações académicas e os direitos das mulheres. Nicole Fontaine trabalhou incansavelmente para melhorar a União Europeia até nos ter deixado em 2018.
Sabe quem está por detrás do programa Erasmus +?
Sofia Corradi, também conhecida como «Mamma Erasmus», é a força motriz do programa internacional mais importante para estudantes. Ao mesmo tempo que estudava Direito na Sapienza Università di Roma, em 1957, recebeu uma bolsa de estudo para concluir um Mestrado em Direito Comparativo no estrangeiro. No entanto, quando regressou a Itália, a sua universidade de origem não reconheceu estes estudos e não a deixou concluir o ciclo académico nesse ano.
De mente mais aberta após a experiência no estrangeiro, Sofia Corradi transformou um obstáculo num projeto de vida: a partir desse momento, começou a trabalhar para que os estudantes tivessem uma experiência imersiva numa outra universidade e noutra cultura.
Ursula Hirschmann, ativista contra o fascismo que idealizava uma Europa federalista.
Nascida em Berlim em 1913, numa família de classe média judaica, juntou-se muito cedo ao Partido Social Democrata para resistir aos avanços nazis. Exilou-se em Paris em 1933 e casou com Eugenio Colorni dois anos mais tarde, em Itália, onde o casal participou na oposição antifascista.
Depois de Colorni ter sido preso na ilha de Ventotene, ambos conheceram Ernesto Rossi e Altiero Spinelli, coautores do Manifesto de Ventotene «para uma Europa livre e unida». O manifesto concebeu uma União Europeia democrática após a guerra e está nas raízes do federalismo europeu. Ursula Hirschmann foi uma peça-chave para a divulgação do manifesto, tendo-o contrabandeado da ilha para Itália continental para ser impresso e distribuído.
Em 1943, Ursula Hirschmann cofundou o Movimento Federalista Europeu em Milão. Em 1975, fundou a associação Femmes pour l’Europe, em Bruxelas. Mais tarde, nesse ano, sofreu uma hemorragia cerebral da qual nunca recuperou totalmente. Faleceu em 1991.
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Informação detalhada
- Data de publicação
- 8 de março de 2019
- Autor/Autora
- Representação em Portugal