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Representação em Portugal
  • Notícia
  • 28 de maio de 2025
  • Representação em Portugal
  • 4 min de leitura

Eurobarómetro: nível sem precedentes de confiança na UE, forte apoio ao euro e a uma política comum de defesa e segurança

Diversidade / Estrela / UE / Bandeira / Flag

O último inquérito Eurobarómetro revela o nível de confiança na União Europeia mais elevado dos últimos 18 anos e o maior apoio de sempre ao euro. No atual contexto geopolítico, os europeus gostariam também de ver uma UE mais forte e mais assertiva, com uma política comum em matéria de defesa e segurança. A paz continua a ser o valor que melhor representa a UE.

Confiança na UE no nível mais elevado dos últimos 18 anos

52 % dos europeus confiam na UE, a percentagem mais elevada desde 2007. O nível de confiança é mais elevado entre os jovens com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos (59 %). Representando um recorde dos últimos 18 anos, 52 % dos europeus afirmam confiar na Comissão Europeia, registando-se mais uma vez uma percentagem particularmente elevada entre os jovens (57 %). 36 % dos europeus afirmam confiar no seu governo nacional e 37 % declaram confiar no seu parlamento nacional.

Três quartos dos inquiridos (75 %), o nível mais elevado em mais de duas décadas, afirmam sentir-se cidadãos da UE.

Além disso, mais de seis em cada dez cidadãos da UE (62 %) mostram-se otimistas quanto ao futuro da UE.

Os europeus apoiam fortemente o euro

O inquérito Eurobarómetro mostra o apoio mais elevado de sempre à moeda comum, tanto no conjunto da UE (74 %) como na área do euro (83 %). No que respeita à perceção da situação económica da Europa, 44 % dos europeus consideram-na boa e 48 % consideram-na má. Um número significativo de cidadãos (43 %) considera que a situação económica da Europa manter-se-á estável nos próximos 12 meses.

Os europeus querem uma UE mais forte e mais assertiva

Cerca de sete em cada dez inquiridos (69 %) concordam que a União Europeia é um lugar de estabilidade num mundo conturbado.

Cerca de nove em cada dez europeus (88 %) concordam que deve haver mais cooperação assente em regras entre os países e as regiões do mundo. Mais de quatro em cada cinco cidadãos da UE (86 %) concordam que o aumento dos direitos aduaneiros é prejudicial para a economia mundial. Porém, se outros países aumentarem os seus direitos sobre as importações provenientes da UE, 80 % dos inquiridos concordam que a UE deve impor direitos aduaneiros para defender os seus interesses.

Mais de oito em cada dez inquiridos (81 %) advogam uma política comum em matéria de defesa e segurança definida pelos Estados-Membros — o resultado mais elevado desde 2004. Ao mesmo tempo, 78 % estão preocupados com a defesa e a segurança da UE nos próximos cinco anos.

No que respeita às prioridades do orçamento da UE, os cidadãos europeus gostariam que o orçamento da UE fosse afetado à defesa e à segurança (43 %), ao emprego, aos assuntos sociais e à saúde pública (42 %) e ao domínio da educação, formação, juventude, cultura e meios de comunicação social (34 %, um valor estável). 40 % dos inquiridos consideram igualmente que a segurança e defesa é o domínio que deve beneficiar do maior reforço de financiamento da UE, seguido da transição energética/energia a preços acessíveis (32 %).

De acordo com os europeus, a UE deve adotar medidas a médio prazo no domínio da segurança e defesa (39 %), seguindo-se a economia (29 %), a migração (24 %) e o clima e ambiente (24 %). Por outro lado, 44 % dos cidadãos europeus consideram que a garantia da paz e da estabilidade poderá ter o maior impacto positivo na sua vida a curto prazo, seguindo-se a segurança alimentar, a saúde e os aprovisionamentos industriais na UE (27 %) e a criação de mais oportunidades de emprego (26 %).

A paz (41 %, mais dois pontos percentuais) continua a ser o valor que melhor representa a UE, seguindo-se a democracia (33 %, uma redução de dois pontos percentuais) e do respeito pelo Estado de direito, pela democracia e pelos direitos fundamentais (28 %, uma nova rubrica).

Apoio contínuo e estável à resposta da UE à guerra na Ucrânia

Face à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, 80 % dos inquiridos europeus concordam em acolher na UE pessoas que fogem da guerra e mais de três quartos dos europeus (76 %) são a favor da concessão de apoio financeiro e humanitário à Ucrânia. 72 % dos cidadãos da UE são a favor da aplicação de sanções económicas contra o governo, empresas e pessoas singulares da Rússia, enquanto seis em cada dez (60 %) defendem que a UE conceda o estatuto de país candidato à Ucrânia e 59 % concordam com a concessão de financiamento da UE para a aquisição e o fornecimento de equipamento militar à Ucrânia.

A invasão da Ucrânia pela Rússia continua a ser considerada a questão mais importante a nível da UE (27 %), de entre 15 rubricas (seguindo-se a situação internacional, com 24 %, e a segurança e defesa, com 20 %). 77 % dos inquiridos consideram que a invasão da Ucrânia pela Rússia representa uma ameaça para a segurança da UE.

Contexto

O Eurobarómetro Standard n.º 103 (da primavera de 2025) foi realizado entre 26 de março e 22 de abril de 2025 nos 27 Estados-Membros, tendo sido entrevistados presencialmente 26 368 cidadãos da UE. Foram igualmente realizadas entrevistas em nove países candidatos e potenciais candidatos (todos exceto a Ucrânia) e no Reino Unido.

Mais informações

Eurobarómetro Standard n.º 103

Informação detalhada

Data de publicação
28 de maio de 2025
Autor/Autora
Representação em Portugal