O mais recente Eurobarómetro publicado hoje pela Comissão Europeia revela que 67 por cento dos portugueses tendem a confiar na União Europeia (UE), o segundo valor mais elevado ao nível europeu, enquanto sensivelmente dois terços (66 por cento) afirmam que se sentem ligados à União. O aumento do custo de vida, a saúde e a habitação são os problemas mais importantes do país.
De acordo com o estudo, além de confiarem na União Europeia, os portugueses são os cidadãos europeus que mais frequentemente expressam uma imagem positiva da UE (68 por cento).
Por outro lado, para 43 por cento dos portugueses, o aumento dos preços/inflação/custo de vida é um dos problemas mais importantes do país. Seguem-se a saúde (citada por 36 por cento) e a habitação (referida por 28 por cento). Os portugueses indicaram menos frequentemente do que a globalidade dos cidadãos europeus problemas como a situação económica, a imigração, o crime, o ambiente e alterações climáticas, a situação internacional, a dívida pública e a energia. Por outro lado, as taxas de referência do aumento dos preços, da saúde, da habitação e dos impostos são substancialmente mais altas em Portugal do que na média global dos Estados-membros da União.
O trabalho de campo do Eurobarómetro Standard 102 decorreu em outubro de 2024 e incidiu igualmente questões como a guerra na Ucrânia, a imigração e o alargamento da União Europeia.
78 por cento dos portugueses expressam satisfação com a resposta do governo nacional à invasão russa da Ucrânia e 79 por cento estão satisfeitos com a resposta europeia. Para 47 por cento dos portugueses (e 31 por cento dos europeus em geral), a guerra na Ucrânia é um dos problemas mais relevantes com que a UE se depara atualmente.
Relativamente à imigração, 10 por cento dos portugueses consideram que este é um dos principais problemas do país, um valor que aumentou face à primavera passada, mas muito inferior à média europeia (20 por cento). Em linha com a globalidade dos europeus, os portugueses expressam sensações positivas face à imigração mais frequentemente quando os imigrantes são provenientes de outros Estados-Membros do que quando são de fora da UE.
Quanto ao alargamento e suas consequências, os inquiridos portugueses referem uma maior instabilidade e insegurança (36 por cento), o impacto negativo no mercado de trabalho nacional (35 por cento), a diversidade cultural (22 por cento) e as oportunidades económicas que se criam (21 por cento).
Pode encontrar mais informações sobre o Eurobarómetro Standard 102 e o relatório completo nesta página.
Informação detalhada
- Data de publicação
- 20 de dezembro de 2024
- Autor/Autora
- Representação em Portugal