
Equipas de peritos da OCDE e da Comissão identificaram o que impedia a criação de emprego e o crescimento nestas zonas. O objetivo consistia em reforçar as suas estratégias de desenvolvimento a longo prazo com base em domínios de excelência competitiva - os seus ativos de «especialização inteligente».
Estas estratégias abrangem a justiça social, a modernização económica e as ambições climáticas. Com base nesta experiência, o relatório apresenta um conjunto de instrumentos para as autoridades nacionais e regionais, fornecendo soluções concretas para eliminar os obstáculos à transição industrial de acordo com cinco grandes prioridades.
Eis as cinco prioridades principais identificadas, bem como exemplos dos desafios políticos conexos e as respostas apresentadas no relatório:
Preparar os postos de trabalho para o futuro
- Desafio: escassez de trabalhadores qualificados para os setores económicos emergentes.
- Respostas políticas: antecipar as necessidades de competências para a transição industrial; reforçar a capacidade de resposta das empresas às suas necessidades de recursos humanos; envolver as partes interessadas locais no planeamento e na conceção de iniciativas regionais em matéria de competências.
Alargar e difundir a inovação
- Desafio: falta de capacidade de inovação nas pequenas e médias empresas.
- Respostas políticas: acelerar a transformação digital; expandir as redes de inovação empresarial e apoiar os agrupamentos de empresas; reforçar as ligações entre o meio académico e as esferas empresariais locais.
Promover o espírito empresarial e a participação do setor privado
- Desafio: acesso limitado às competências e redes de empreendedorismo para as empresas em fase de arranque e em expansão.
- Respostas políticas: apoiar os empresários mediante a prestação de informações, formação, orientação e acompanhamento, reforçar as redes empresariais, aumentar a participação das empresas em fase de arranque e das PME na investigação colaborativa.
Transitar para uma economia com impacto neutro em termos de clima
- Desafio: conciliar a dimensão de longo prazo de uma transição com impacto neutro em termos de clima com uma ação económica a curto prazo.
- Respostas políticas: promover as transições energéticas locais através de regimes de apoio financeiro; integrar a transição para uma economia neutra em termos de clima nas estratégias de desenvolvimento regional mais amplas.
Promover o crescimento inclusivo
- Desafio: disparidades geográficas e ligações territoriais.
- Respostas políticas: incentivar a cooperação territorial através de parcerias entre zonas rurais e zonas urbanas; assegurar a conectividade digital e os serviços digitais nas regiões periféricas.
O presente relatório e as suas recomendações serão tidos em conta na preparação do futuro programa da Política de Coesão para 2021-2027, ao abrigo do qual estão disponíveis mais de 90 mil milhões de euros para financiar a investigação, a inovação, a digitalização e o apoio às pequenas e médias empresas.
Ligações úteis:
- Comunicado de imprensa - 14/11/2019
Informação detalhada
- Data de publicação
- 14 de novembro de 2019
- Autor/Autora
- Representação em Portugal