João Conde, do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes; Joana Gonçalves Sá, da Universidade de Lisboa; Cláudia Custódio, do Imperial College of Science Technology and Medicine (Reino Unido); Noel de Miranda, da Academisch Ziekenhuis Leiden (Países Baixos); Mafalda Viana, da University of Glasgow (Reino Unido); e Rebeca Ribeiro Palau, do Centre National de la Recherche Scientifique (França). Estes portugueses recebem cerca de 1.5 milhões de euros (cada um), valor que lhes permite desenvolver investigação de ponta. Os fundos fazem parte do programa de investigação e e inovação da UE, o Horizonte 2020, gerido pelo Comissário europeu Carlos Moedas.
Carlos Moedas disse: “Se quisermos encontrar respostas para os desafios mais difíceis dos nossos tempos, os investigadores precisam de liberdade e de apoio para prosseguir a sua investigação científica e dar resposta a esses desafios. Esta é a força das bolsas que a UE concede através do Conselho Europeu de Investigação: uma oportunidade para cientistas encontrarem respostas para os desafios mais ousados”.
A investigação dos candidatos aprovados abrange um amplo espectro de tópicos, incluindo o estudo de como os alimentos da floresta podem fornecer uma solução para a fome no mundo; avaliar a intensidade, frequência e distribuição de níveis extremos do mar na Europa; investigar como as empresas de tecnologia vendem os seus produtos e procuram a confiança dos consumidores; ou desvendar as habilidades de sobrevivência de organismos unicelulares.
Os resultados desse concurso de bolsas mostram uma maior diversidade de nacionalidades do que nunca: os investigadores são de 51 países diferentes em todo o mundo, de lugares tão distantes quanto Taiwan e Cuba. Estas bolsas financiam investigação que vai decorrer em 24 países, com instituições na Alemanha (73), Reino Unido (64) e Holanda (53) a sediar o maior número de projetos. Cerca de 13% dos pedidos foram selecionados para financiamento. Como os cientistas selecionados deverão constituir as suas próprias equipas de investigação, é estimada a criação de cerca de 2.500 empregos para bolseiros de pós-doutoramento, estudantes de doutoramento e outros funcionários das instituições anfitriãs.
Sobre os fundos:
Os “ERC Starting Grants” são concedidos a investigadores em início de carreira de qualquer nacionalidade, com dois a sete anos de experiência desde a conclusão do doutoramento (ou grau equivalente) e um histórico científico que mostre o seu potencial. A investigação deve ser realizada numa organização de pesquisa pública ou privada localizada num dos Estados-Membros da UE ou países associados. O financiamento (máximo de € 2,5 milhões por bolsa, incluindo até € 1 milhão para cobrir custos extraordinários) é dado até cinco anos. Os convites à apresentação de propostas são publicados uma vez por ano.
Para candidatos:
Os investigadores que desejam concorrer a uma bolsa de iniciação do ERC devem inscrever-se para a ronda de financiamento de 2020 antes de 16 de outubro de 2019. As datas e detalhes da inscrição podem ser encontradas em: erc.europa.eu/funding/starting-grants
Sobre os projectos dos Portugueses:
Nome |
Instituição |
Nome / Área do Projecto |
João Conde |
Instituto de Medicina Molecular Joao Lobo Antunes |
Cancer Heterogeneity and Therapy Profiling Using Bioresponsive Nanohydrogels For The Delivery Of Multicolor Logic Genetic Circuits. |
Joana Gonçalves Sá |
Universidade Nova de Lisboa |
Fake News and Real People – Using Big Data to Understand Human Behaviour |
Cláudia Custódio |
Imperial College of Science Technology and Medicine |
Information Frictions, Financing And Growth: The Impact Of Firm Certification |
Noel De Miranda |
Academisch Ziekenhuis Leiden |
Rational Design Of Cancer Immunotherapy: One Size Does Not Fit All |
Mafalda Viana |
University of Glasgow |
Modelling To Optimize Vector Elimination: Destabilising Mosquito Populations |
Rebeca Ribeiro Palau |
Centre National de la Recherche Scientifique |
Probing Topological Valley Currents By Angular Layer Alignment In Van Der Waals Heterostructures |
Sobre o ERC:
O Conselho Europeu de Investigação (ERC), criado pela União Europeia em 2007, é a principal organização de financiamento europeu para a excelência da investigação. Todos os anos, seleciona e financia os melhores investigadores, de qualquer nacionalidade e idade, para executar projetos na Europa. O ERC também se dedica a atrair investigadores de qualquer parte do mundo para trabalhar na Europa. Até o momento, o ERC financiou cerca de 9 000 investigadores de ponta em vários estádios de carreira. O ERC é liderado por um corpo diretivo independente, o Conselho Científico; o presidente do ERC é o professor Jean-Pierre Bourguignon. O ERC tem um orçamento de mais de € 13 mil milhões para os anos de 2014 a 2020, parte do Horizonte 2020, pelo qual o Comissário Europeu de Pesquisa, Inovação e Ciência, Carlos Moedas, é responsável.
Informação detalhada
- Data de publicação
- 3 de setembro de 2019
- Autor/Autora
- Representação em Portugal