Ir para o conteúdo principal
Logótipo da Comissão Europeia
Representação em Portugal
banner prioridade digital
Moldar o futuro digital da Europa

Capacitar empresas e pessoas

A importância da tecnologia, da conectividade e da cibersegurança na vida quotidiana tem sido realçada pela pandemia do coronavírus, acelerando a transformação digital das nossas sociedades. As tecnologias digitais passaram a ter uma presença constante nas nossas vidas: são indispensáveis no trabalho, na aprendizagem, no entretenimento, no convívio, nas compras e no acesso a múltiplos serviços. A pandemia expôs também as vulnerabilidades do nosso espaço digital, as suas dependências em relação a tecnologias não europeias e ao impacto da desinformação na vida das nossas sociedades democráticas.

Com a pandemia, milhões de pessoas começaram a trabalhar remotamente a partir de casa, enquanto grande parte das nossas atividades de compras, socialização e aprendizagem eram feitas utilizando computadores e dispositivos móveis. Mesmo serviços públicos cruciais ficaram acessíveis em linha pela primeira vez. Fomos todos testemunhas tanto das possibilidades como das potenciais vulnerabilidades da tecnologia e da digitalização.

Tem sido uma experiência nova para muitos, mas, mesmo antes do coronavírus, a Comissão Europeia já assumia como uma das suas grandes prioridades preparar a Europa para a era digital.

 

Portugal e o Digital

Desde 2014, a Comissão Europeia acompanha os progressos digitais dos Estados-Membros através dos relatórios do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (IDES). Os relatórios IDES incluem perfis nacionais e capítulos temáticos. Num total de 28 países, Portugal ocupou o 19º lugar no IDES de 2020. Ao longo dos últimos anos, e de acordo com dados anteriores à pandemia, a sua pontuação evoluiu em linha com a média da UE.

No relatório de 2020, Portugal continuou a ficar aquém dos padrões europeus no que toca ao capital humano, à utilização de serviços da Internet e à utilização de tecnologias digitais nas empresas. Contudo, nos serviços públicos digitais, Portugal continuou a ter um bom desempenho, sendo um dos países da UE com melhores resultados.

Portugal e o Digital

Um dos objetivos da estratégia digital da UE é atrair mais mulheres para áreas tecnológicas e aumentar o número de mulheres empreendedoras. De acordo com o Painel de Avaliação da Comissão Europeia 2020 Women in Digital (WiD), apenas 18 % dos especialistas em TIC são mulheres. Portugal ocupa o 19º lugar neste indicador e só na faixa etária dos 25-54 é que a percentagem de mulheres com um nível de literacia superior ao básico é semelhante à dos homens. O número de mulheres especialistas em TIC representa apenas 15,7 % do total (17,7 % na UE).

Agenda Portugal Digital

Agenda Portugal Digital (APD) foi aprovada em Portugal em dezembro de 2012, com o objetivo geral de estimular a economia digital através do reforço da competitividade do setor das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) e do desenvolvimento da Sociedade da Informação e do Conhecimento, tendo como objetivo colocar Portugal como um dos países mais avançados da UE nesta área.

A APD é composta por seis áreas prioritárias de intervenção:

  • Acesso à banda larga e ao mercado digital;
  • Investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D) e Inovação;
  • Melhoria da literacia, qualificação e inclusão digitais;
  • Combate à fraude e à evasão fiscais, contributivas e prestacionais;
  • Resposta aos desafios societais;
  • Empreendedorismo e internacionalização do setor das TIC.

Em 2015, a APD foi atualizada, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 22/2015, de 16 de abril, para «reforçar o seu alinhamento com as prioridades estabelecidas na Agenda Digital para a Europa e na Estratégia Europa 2020»

Estratégia para a quinta geração de comunicações móveis (5G)

A tecnologia 5G apresenta características que a tornam um poderoso instrumento da transição digital. Traz consigo um novo patamar de comunicações, criando, sobretudo, novas oportunidades de desenvolvimento económico e social e condições para um novo paradigma de digitalização. Para além da comunicação entre as pessoas é, agora, a comunicação entre as coisas (a «Internet das coisas») que encontra ambiente tecnológico para alterar significativamente o nosso quotidiano e a nossa forma de viver, passando a ser possível recolher e tratar, em tempo real, volumes de informação impensáveis com as tecnologias atualmente disponíveis, permitindo não só otimizar e melhorar os processos existentes, mas, sobretudo, potenciar o desenvolvimento de abordagens diferentes, quer ao nível de modelos de negócio quer na prestação de serviços e na organização social, designadamente nos transportes, na saúde, na indústria, na logística, na energia, no entretenimento e na agricultura.

Na União Europeia, definiu-se que, em cada Estado-Membro, pelo menos uma grande cidade fosse «preparada para a 5G» até ao final de 2020 e que todas as zonas urbanas e as principais vias de transporte terrestre tivessem cobertura 5G ininterrupta até 2025, prevendo-se a extensão do alargamento da cobertura 5G a todo o território nacional até 2030.

A Década Digital da Europa

A pandemia expôs a importância fundamental das tecnologias e competências digitais para trabalhar, estudar e participar ativamente na sociedade, bem como os aspetos em que temos de melhorar. Temos agora de fazer com que esta seja a Década Digital da Europa para que todos os cidadãos e empresas possam aceder ao melhor que o mundo digital tem para oferecer.

Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia

Os objetivos da Década Digital da Europa para 2030 incluem:

  • Pelo menos 80 % de todos os adultos deverão ter competências digitais básicas, e deverá haver 20 milhões de especialistas em TIC empregados na UE, com mais mulheres a desempenhar estas funções;
  • Todos os agregados familiares europeus deverão dispor de conectividade medida em gigabits e todas as áreas povoadas deverão estar cobertas por redes 5G;
  • Três em cada quatro empresas deverão utilizar serviços de computação em nuvem, megadados e inteligência artificial; e mais de 90 % das PME deverão ter, pelo menos, um nível básico de intensidade digital;
  • Todos os principais serviços públicos deverão estar disponíveis em linha e todos os cidadãos deverão ter acesso aos seus dados pessoais, por exemplo os dossiês médicos eletrónicos.

Década Digital da Europa — Perguntas e respostas

Construir o futuro digital da Europa

Proteção de dados

Todos os dias, terabytes de informação passam pela Internet, incluindo dados privados e pessoais.

Segundo as regras da UE, os dados pessoais só podem ser recolhidos para um fim legítimo, sob condições legais rigorosas, e qualquer pessoa que recolhe e gere informações pessoais deve protegê-las contra a sua utilização indevida.

A proteção de dados foi melhorada em toda a UE em 2018 através do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). Este regulamento dá aos indivíduos o direito de solicitar uma cópia de quaisquer dados pessoais que as organizações possuam a seu respeito. Os cidadãos também têm o direito de requerer que os seus dados sejam apagados rapidamente ao abrigo do RGPD, e as empresas e organizações têm de seguir regras estritas no que toca ao processamento de dados.

Em 2020, a Comissão Europeia e o alto representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança apresentaram a nova Estratégia de Cibersegurança da UE.

A nova estratégia visa salvaguardar uma Internet global e aberta, desenvolvendo ferramentas para garantir a segurança e a proteção dos valores europeus, bem como os direitos fundamentais de todos.

A proteção de dados na UE

Dois anos de RGPD: Perguntas e respostas

Nova estratégia de cibersegurança da UE: Perguntas e respostas

Comissão Nacional de Proteção de Dados

Ações digitais

A União Europeia tem vindo a implementar ações com o intuito de aproximar as novas tecnologias das pessoas, garantindo ao mesmo tempo o respeito pela privacidade e o direito aos dados.

Um dos benefícios mais visíveis da Estratégia Digital da UE tem sido a eliminação das tarifas de roaming dos telemóveis. Desde 2017, as chamadas telefónicas, as mensagens SMS e o acesso em linha através de um telemóvel são funcionalidades cobertas pela assinatura móvel, independentemente do local da UE onde se encontre o utilizador.

Restrições injustificadas de base geográfica – ou bloqueio geográfico (geoblocking) – que prejudiquem as compras feitas pela Internet e as vendas transfronteiras também acabaram em 2018.

Uma iniciativa da Comissão Europeia promove o acesso gratuito ao Wi-Fi para milhões de cidadãos nos parques, praças, edifícios públicos, bibliotecas, centros de saúde e museus da Europa. Ao abrigo da iniciativa WiFi4EU, as cidades, vilas e municípios dos Estados-Membros podem solicitar vouchers no valor de 15 000 euros para instalar equipamento Wi-Fi em espaços públicos. No início de 2021, eram 277 os municípios portugueses – de um total de 308 – que já tinham recebido um voucher WiFi4EU, o que corresponde a uma cobertura de cerca de 90 % do território nacional.

A Comissão Europeia está também empenhada no combate às notícias falsas na Internet e aumentou a pressão sobre as plataformas de redes sociais para combater a propagação de desinformação, sobretudo no que se refere às notícias falsas sobre a pandemia de coronavírus.

A Comissão ajudou também os cidadãos no desempenho das suas atividades profissionais, criativas e culturais durante a pandemia e tornou possível a criação do Certificado Digital que facilitou a livre circulação dos cidadãos na UE durante a pandemia de COVID-19.

 

Hiperligações de interesse:

Soluções digitais durante a pandemia

Plano de Ação para a Educação Digital

Excelência e confiança na inteligência artificial

Lei dos Serviços Digitais

Lei dos Mercados Digitais

Estratégia europeia em matéria de dados

Uma estratégia industrial para a Europa

Competências e empregos digitais

Computação de alto desempenho