
«Há três anos, a Rússia iniciou uma guerra de agressão em grande escala e ilegal contra a Ucrânia. A guerra brutal da Rússia visa deliberadamente infraestruturas civis e infraestruturas críticas. O povo ucraniano deu provas de coragem na defesa do seu país e dos princípios fundamentais do direito internacional. Prestamos homenagem a todos os que sacrificaram as suas vidas e perderam entes queridos em defesa da independência e da liberdade da Ucrânia.
A responsabilidade por esta guerra e pelas atrocidades cometidas contra a população ucraniana cabe inteiramente à Rússia e aos seus dirigentes. Reiteramos o nosso apelo a que haja responsabilização por todos os crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos. Congratulamo-nos com os passos dados recentemente no sentido da criação de um tribunal especial para o crime de agressão contra a Ucrânia.
A União Europeia e os seus parceiros agiram rapidamente e de forma unida para apoiar a Ucrânia. A assistência económica, humanitária, financeira e militar que a UE prestou à Ucrânia ascende a 135 mil milhões de euros, compreendendo 48,7 mil milhões de euros de assistência militar. A UE continuará a prestar apoio financeiro periódico e previsível à Ucrânia, incluindo à reconstrução do país após a guerra.
A Rússia e o seu povo estão a sofrer as consequências das ações dos seus dirigentes. Juntamente com os nossos parceiros, impusemos sanções sem precedentes contra a Rússia e os cúmplices desta guerra. Continuamos prontos para aumentar a pressão sobre a Rússia a fim de limitar a sua capacidade de fazer a guerra. Estamos a utilizar lucros excecionais de ativos russos congelados para apoiar a indústria de defesa e a recuperação energética da Ucrânia. Adotámos hoje o décimo sexto pacote de sanções com o objetivo de reforçar a pressão coletiva sobre a Rússia para que esta ponha termo à sua guerra de agressão.
Paralelamente, tomámos medidas sem precedentes a nível da UE para incrementar a produção da indústria europeia de defesa e continuaremos a aumentar a nossa capacidade, o que nos possibilitará reforçar o apoio militar e a cooperação com a Ucrânia, potenciando simultaneamente a nossa prontidão em matéria de defesa e a soberania europeia.
A Ucrânia é parte integrante da família europeia. Os ucranianos manifestaram o seu desejo de terem um futuro na União Europeia. Reconhecemos isso quando concedemos à Ucrânia o estatuto de país candidato e lançámos negociações de adesão. Em circunstâncias extraordinariamente difíceis, a Ucrânia realizou progressos significativos nas reformas relacionadas com a adesão. Já estamos a integrar a Ucrânia no mercado interno da UE. O futuro da Ucrânia e dos seus cidadãos está na União Europeia.
Num ambiente internacional e geopolítico difícil, enfatizamos a importância de manter a solidariedade transatlântica e mundial para com a Ucrânia. Salientamos a necessidade de garantir que a comunidade internacional continue a centrar-se no apoio à Ucrânia com vista a uma paz abrangente, justa e duradoura assente na fórmula de paz proposta pela Ucrânia.
Mantemo-nos firmemente ao lado da Ucrânia, reafirmando que a paz, a segurança e a justiça prevalecerão.»
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A declaração conjunta está disponível nesta ligação.
Mais informações sobre o apoio da UE à Ucrânia disponíveis na ficha informativa
Informações sobre o 16.º pacote de sanções contra a Rússia adotado esta segunda-feira disponíveis neste comunicado de imprensa.
Informação detalhada
- Data de publicação
- 24 de fevereiro de 2025
- Autor/Autora
- Representação em Portugal